Oi, pessoal!
Lembram dessa coluna? Pois é, dei um tempo nas resenhas e resolvi vir aqui falar um pouquinho com vocês.
Hoje, eu quero falar sobre algumas influências que tive ao longo desses dois anos como blogueira.
Para quem não sabe, sou dona do blog Garota Liber, mas também sou resenhista e colunista aqui no CdT.
Às vésperas da estréia de A Culpa é das Estrelas no cinema, eu fiz um post dando umas dicas de como se preparar para encarar o filme mais emocionante de 2014.
Notei, então, que não vim aqui dizer a minha experiência com a adaptação do livro de John Green (João Verde para os íntimos). Hoje, depois de ter assistido o livro pela terceira vez em DVD (no cinema foram 5), eu, finalmente, me dei conta de uma coisa.
A Culpa é das Estrelas me dá esperança. Não apenas essa história, mas Métrica e Um Caso Perdido da incrível Colleen Hover também. Eu explico.
Eu não sei se é apenas eu ou se você também pensa assim, mas encaro um mundo atualmente totalmente desprovido de amor. No qual um "eu te amo" não é mais algo difícil de se ouvir, uma vez que usam essa expressão como se fosse um "ei, o céu tá lindo, né?". Ah, e só pra constar, "eu te amo" é gramaticalmente errado, já que usamos o "eu" na primeira pessoa do singular e o "te", segunda pessoa do singular. O certo é "Eu amo você" ou "Te amo". Mas se as pessoas nem ao menos sabem o que significa essas três palavrinhas, duvido que vão se importar com a forma gramatical correta.
O que quero dizer, é que quando entro no mundo de Gus e Hazel, Lake e Will, Holder e Sky, eu sinto que há esperança de encontrarmos alguém que não veja o mundo de uma forma preto e branco. Que não ache coisa de gay um homem demonstrar seus verdadeiros sentimentos ou lutar por aquela garota que ele vê que é diferente, mesmo quando ela é exatamente como todas as outras garotas.
Para mim, esses livros são, além de uma válvula de escape deste mundo sem cor, um estímulo para não desistirmos, para não nos entregarmos a esse pensamento cotidiano de: cara decente não existe ou está extinto, o mesmo para garotas.
É claro que ambos existem! Poder assistir pela oitava vez a forma como Gus e Hazel, mesmo sabendo que a vida deles tem seus dias contados e eles sabem que esses dias pode acabar a qualquer momento, enquanto pessoas como nós, que sabemos que vamos morrer, mas não fazemos ideia de quando e nem como.
Eles, mesmo com todo o peso da morte nos ombros, veem um mundo tão colorido, tão vivo e feliz. Se agarram as coisas mais simples da vida e tiram um proveito maravilhoso disso. Eles se permitem amar e se permitem usufruir desse sentimento verdadeiro que pouquíssimos tem a oportunidade de experimentar.
Eu achei toda a adaptação impecável, mesmo tendo ocultado algumas partes. O filme passou a mensagem de forma clara, simples e linda.
Eu costumava ficar triste ao assistir ao filme. Me sentia como se estivesse de luto, mas depois de hoje uma pequena lâmpada se acendeu na minha cabeça e me mostrou que não é nada disso. Não é pra ficar triste. É pra olhar para aquela belíssima história e vê que o mundo é sim uma fábrica de desejos e que nós somos os operários dela. Nossas escolhas nos fazem o que somos.
Nós podemos escolher quem vai fazer parte da nossa vida e podemos sim escolher quem vai partir nosso coração e quem não vai.
E nas palavras de Eddie (Métrica), não é a morte que dará um murro na nossa cara e sim a vida. A vida está aí para encararmos ela do jeito que quisermos. Ela, assim como os livros é feita para ser interpretada. Cabe a nós interpretar da maneira correta.
Tenho pena daqueles que acham que ter várias garotas ou garotos é o que o torna o bonzão. Tenho mais pena ainda de quem sabe que há uma pessoa especial ao seu lado e mesmo assim decidi ignorar e continuar vivendo a vida no preto e branco. Acreditem, conheço gente que faz exatamente isso.
Eu não sei se vocês vão me achar uma louca com esse pequeno texto sentimental e totalmente parecido com livros de auto-ajuda, mas posso dizer que não tenho vergonha nenhuma de estar escrevendo-o.
Eu costumava ter vergonha de tudo. De dançar, de me divertir, de dizer o que realmente penso, de ler o que leio, de ouvir o que eu ouço. Costumava achar que eu era infantil demais pra minha idade e que era retardada de certa forma. Mas não penso mais assim.
A verdade é que eu sou diferente e não tenho problema nenhuma com isso. Não sigo o fluxo dessa geração nova. Prefiro sim ficar em casa lendo um bom livro ou vendo filme do que ir para uma balada e não condeno quem prefere ao contrário, sem essa! Eu incentivo! Se isso te faz bem, se isso te faz feliz, vai fundo. Apenas não faz a mim.
Acredito sim que meu pé de chinelo está por aí esperando a oportunidade perfeita para me conhecer ou até mesmo de como me conquistar. E acredito que todos devam pensar assim.
Pra que ter um monte quando podemos ter apenas um?
Um ponto alto do filme para mim, foram as músicas. Eu já disse como sou apaixonada por músicas e trilhas sonoras? Ah, eu sou. E nossa! Que trilha sonora é essa? Fico deitada escutando as músicas e pensando em tantas coisas.
O que quero dizer com esse texto todo? Bem, o que você entendeu. Interprete-o da melhor forma que você puder. Tente tirar algo positivo dele e deixe o negativismo de lado. Acho que todos devemos fazer isso, okay?
Espero que tenham gostado! Despeço-me aqui com muito orgulho nesse layouts novo maravilhoso.
Beijos e até a próxima!
Adorei o comentário cobre o livro. Eu adorei o livro e quero ver o filme ainda. Mas com esse cometário tenho certeza que sera uma viagem inesquecível. Um Abraco Beta.
ResponderExcluirSim nossas escolhas fazem quem somos. Adoorei o texto, super compreendo.
ResponderExcluirEu também sou dessas que prefiro ficar em casa lendo, vendo filme enquanto milhares saem para beber, dançar e curtir a noite, também não vejo problema algum, mas eu sou assim. Acho que pra mim não tem graça você sair, sou mais família e também estou esperando o meu pé de chinelo.. rs
Beijos!
www.pamlepletier.com
Ótimo texto Beta!
ResponderExcluirMeus amigos não me entendem, fala que não sou normal, por que eu prefiro ficar em casa lendo, ou no computador. Pra que eu vou sair para ir em algum lugar fazer algo que não me interessa? A ideia é se divertir né? :)
Não perca as esperanças, o romantismo ainda existe. Não como antes, afinal no dia a dia 2.0 as pessoas não tem muito tempo, é tudo muito direto.
É mesmo, Beta! Não encontramos mais alguém que tenha sinceridade, que diga Eu amo você! ou Te amo! com total verdade.
ResponderExcluirSou igual você, prefiro ficar lendo ou assistindo do que fazer o que muitos fazem, como ir a balada, hahaha.
Bjs <3
Eu só fui assistir o filme essa semana...
ResponderExcluirGostei bastante tbm do filme. Foi bem fiel!
Eu n consigo debater com vc sobre o tema q vc dissertou, pois tenho uma visão do mundo beeem diferente da sua...p mim o mundo é mtooo cheio de amor e colorido, n acho q ele seja sem cor ou sem amor. Tenho pessoas maravilhosas ao meu lado e sempre q estou do lado de alguém novo dou o meu melhor p colorir ainda mais o dia dela. Acho o mundo mto bom e com pessoas maravilhosas. Eu confio mto nos outros e nunca me arrependi disso.
Por isso q n posso debater com vc. Nossa forma de enxergar o mundo é diferente. Eu não uso os livros p fugir deste mundo, uso-os como forma de entretenimento e de conhecer outros mundos sem nunca deixar este daqui p trás. Sou uma romântica em todos os sentidos e talvez por isso encaro o mundo de uma forma tão positiva.
Nossa amei o texto e realmente estamos vivendo em um mundo quase totalmente desprovido de amor e sem contar que essas simples palavrinhas Te amo ou Amo você estão sendo ditas sem ser verdade, as pessoas estão confundindo os sentimentos, livros como A culpa é das estrelas também me dão esperança, como não ler um livro e ficar encantada com a forma de amor que vemos nele?
ResponderExcluirBeijos *-*
Oie Beta
ResponderExcluirAmei seu texto e eu desde do começo quando li o livro já achei que a vida era muito mais do que pensava a vida é feita de momentos e a felicidade também, então é bom dar valor ao livro lido, ao filme assistido e claro ter fé que um dia vai encontrar o amor da sua vida, mas enquanto ele não aparece não custa nada sonhar com os livros e filmes que vemos.
Beijos
www.livrosechocolatequente.com.br
Olá Beta!!
ResponderExcluirSabe eu sempre a creditei no amor,mesmo depois de várias tentativas falhas e até dizer, cansei de procurar isso não existe é só invenção, mas, sempre resta aquele pequena esperança bem lá no fundo. Acredito que essas pessoas que tem várias realmente merecem pena, mas, não por terem várias pessoas, mas, pela forma como elas se sentem inseguras, solitárias e infelizes. Não sei se já amei alguém de verdade, mas se o que eu senti foi intenso imagina o amor puro e real?
Mas sabe Beta é como uma amiga minha costumava dizer para mim "Ter síndrome de princesa e viver a espera de um príncipe no cavalo branco não adianta nada" então não adianta esperar por que o amor não vai bater a sua porta, você tem que ir a procura dele mesmo.
Xo
Re.View
Oiee ^^
ResponderExcluirAmei o seu texto! Confesso que eu via ACEDE como uma história triste de duas pessoas que não puderam crescer e aproveitar a vida, mas agora que parei para pensar, eles viveram mais que todos nós, pois sabiam que o tempo estava acabando e fizeram tudo o que podiam para serem felizes, e eles conseguiram ♥ Antes eu tinha vergonha de ser a única na classe que levava livros para ler, mas quando deixei a vergonha de lado, vi que muitos passaram a fazer a mesma coisa, e hoje já nem me importo mais.
Não li nem vi ACEDE mas tenho certeza que o John Green ia ficar orgulhoso por você tirar essa conclusão esperançosa da história Beta. O texto foi muito bonito, você não tem nada do que se envergonhar mesmo! Você nos mostrou o que você pensa de uma maneira muito sincera e eu concordo em tudo com você. O mundo hoje em dia ta dificil, as vezes eu falo que tenho a alma velha por não acompanhar tudo que a minha geração faz, mas dou graças a Deus por eu ser do jeito que eu sou.
ResponderExcluirbeijos
Oi Beta, amei tudo o que você escreveu e posso dizer que super me identifico. Hoje em dia está realmente difícil achar aquela pessoa fora do preto no branco, mas acredito que ela está ali, só esperando e quem sabe ela não pensa a mesma coisa? Ainda não li nenhum desses livros citados por você, mas entendi o que quer dizer, acho que a maioria dos meus livros preferidos trazem essa esperança. E sobre o que você disse de ACEDE, te indico um outro filme que me fez chorar horrores, e olha que nunca choro com filme, ele chama "Now is Good", é com a Dakota Fanning e lembra bastante ACEDE. Beijos
ResponderExcluirEstante de Cristal
Oi Beta, tudo bom?
ResponderExcluirNossa, seu post ficou muito bom. Acho que as pessoas estão sentindo cada vez menos compaixão um pelo outro. Também faço parte do grupo que gosta de ficar em casa, mas não tiro a razão de quem gosta de sair. O que me preocupa é que os relacionamentos de hoje em dia são cada vez mais vazios e impessoais. As pessoas simplesmente não conversam com as outras e isso é triste.
Beijos!
http://livrosyviagens.blogspot.com.br/
Oii
ResponderExcluirQue post mais lindo!! Concordo com você, devemos viver da maneira que achamos que é certo e que nos faça feliz, mas de verdade, viver. Ver a vida, enfrentá-la, desafiá-la e amá-la. Apreciar as pequenas coisas, e até os momentos de tristeza! Amo festejar, mas acima de tudo, prefiro apreciar a literatura, cinema e música que tanto amo e que tanto colore e dá leveza a minha vida! Não somos anormais por isso! Também acredito que minha cara metade está solta por aí, e espero que nossos destinos nos una! Kkk Lindo texto!
Beijos
Concordo com você em genero,número e grau.Eu tenho um pensamento muito semelhante a esse seu e as vezes até achei que era um pouco de loucura da minha cabeça então é bom encontrar outra pessoa que pense igual.Devemos fazer o que nos faz feliz sem deixar brechas para o que as outras pessoas vão pensar,assim como também prefiro mil vezes ficar em casa com um livro do que ir naquela festa onde sei que não vai rolar nada do que eu gosto.Agora só estou a procura do meu mocinho,um dia todos nos certamente vamos encontrar alguém que nos ame.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirAdorei esse texto.
Concordo completamente com você. O "Eu amo você" de hoje em dia está sendo banalizado, sendo dito como se fosse um bom dia. Ao ler um livro tão lindo como ACEDE, percebemos que ainda há, um pouco de esperança para o amor verdadeiro, eu encontro essas diversas formas de amor nos livros incríveis que leio. Por isso muitas vezes prefiro ficar em casa lendo do que sair para festas, sempre digo que nasci na época errada aheuhea.
E ainda penso sim que posso encontrar alguém que goste desse meu jeito.
Ainda não conhecia essa coluna, mas adorei.
Beijos
Construindo Estante || Facebook
Oi Beta!
ResponderExcluirQue texto lindo, eu sou outra esperançosa que fica meio perdida no meio das loucuras de hoje... Concordo que ACEDE é um livro e um filme sobre esperança, sobre acreditar nas pequenas alegrias e não se deixar abater mesmo nas situações mais difíceis...
Concordo com cada palavra que você escreveu fico feliz por saber que no fim não são tão poucos que pensam como eu...
Bjs
adorei o texto , sinceramente , as pessoas estao usando palavras com significado forte como eu te amo quando apenas é uma paixonite ou entao apenas por ilusao , e acede tambem me da esperanca , afinal o filme e o livro é tao lindo que nao tem cmo assistir so uma vez !
ResponderExcluirBeta em minha resenha sobre ACEDE eu comentei que a tragédia e a tristeza estava ali, mas a historia é muito mais do que isso, na realidade é uma celebração a vida, amem sem medo, pois o amor sempre vale a pena!
ResponderExcluirPara mim foi um grande aprendizado. Ótimo texto!
Beijos Joi Cardoso
Estante Diagonal