Resenha #201 - Amy & Matthew - Cammie McGovern - Galera Record


Título: Amy & Matthew
Autor (a):
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501070180
Ano: 2015
Páginas: 336


Livro recebido em parceria com a editora.



Sinopse: Amy e Matthew não se conheciam realmente. Não eram amigos. Matthew sabia quem ela era, claro, mas ele também sabia quem eram várias outras pessoas que não eram seus amigos.Amy tinha uma eterna fachada de felicidade estampada em seu rosto, mesmo tendo uma debilitante deficiência que restringe seus movimentos. Matthew nunca planejou contar a Amy o que pensava, mas depois que a diz para enxergar a realidade e parar de se enganar, ela percebe que é exatamente de alguém assim que precisa.À medida que passam mais tempo juntos, Amy descobre que Matthew também tem seus problemas e segredos, e decide tentar ajudá-lo da mesma forma que ele a ajudou.E quando a relação que começou como uma amizade se transforma em outra coisa que nenhum dos dois esperava (ou sabe definir), eles percebem que falam tudo um para o outro... exceto o que mais importa.
Viver em um corpo que limita minhas escolhas significa não ser uma vítima da moda ou das pressões culturais, porque não existe lugar para mim na cultura que vejo. Ao ter menos opções, sou mais livre do que qualquer outro adolescente que conheço.

Uma história interessante e bastante reflexiva, onde somos estimulados a pensar sobre questões que permeiam o relacionamento assim como sua aceitação nele e na vida como um todo. Questões que para muitos seriam o fim do mundo, questões que podem afastar um mundo a sua volta, te enfiar em um mar de depressão e sofrimento. Questões que podem estar ao nosso redor, sem que nos darmos conta, ou que podem nos atingir a qualquer instante.

Amy é uma jovem que apesar do QI elevado possui paralisia cerebral e isso acaba limitando sua vida, depende de um computador para falar, de andador e da ajuda de terceiros para algumas coisas.
Matthew sofre de TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e quem sabe do que se trata, entende um pouco do desespero que essa doença traz, fazendo com que o portador não viva uma vida plena e sim uma vida com neuras, manias e obsessões que podem até se tornar completamente destrutivas.

Ambos estudam na mesma escola e “se conhecem a vida toda”, apesar disso, eles jamais se falaram ou estiveram realmente presentes um para o outro. Viviam se olhando de longe, mas nunca passou disso. Quando o último ano escolar chega, também chega certa “necessidade” no novo e Amy resolve que já é hora de trocar os professores que lhe auxiliam por colegas e assim quem sabe fazer amigos e ver o que isso possa vir a acrescentar em sua vida como pessoa e no seu dia a dia. Matthew já teve amigos antes, porém quando o TOC teve inicio sua vida desandou completamente e ele tornou-se mais solitário e insatisfeito a cada dia. 

A relação de ambos tem início quando Matthew diz sua opinião sobre uma redação escrita por Amy e ela acaba se envolvendo com ele de tal maneira que o convence a ser seu auxiliar e com isso uma amizade começa, e aos poucos uma paixão que ultrapassa barreiras e limites, mas que não deixa de ter seus espinhos.

Muitas vezes é tão difícil mostrarmos nossos sentimentos, tantas outras deixamos a chance de ser feliz ao menos por um instante ou por muito tempo, pode deixar nos contaminar por problemas que estão “na nossa cabeça” ou pelo simples medo de dizer um “eu te amo”. Amy e Matthew irão nos mostrar através de suas histórias como podemos, quem sabe, viver a nossa.

Eu gostei muito da história, apesar de não curtir tanto livros narrados em terceira pessoa. Prefiro narrativas em primeira pessoa, pois assim temos uma conexão maior com os personagens, sentindo exatamente o que cada um deles está vivenciando, enquanto em terceira pessoa temos apenas um vislumbre. As histórias de ambas os personagens, mesmo que com suas peculiaridades, são tristes e também nos mostram a evolução de cada um, com suas conquistas e também o lado ruim do que acabam tendo que enfrentar por conta de suas limitações.

O final não foi o que imaginei, mas entendi os motivos pelo qual a autora escolheu terminar o livro da forma que terminou. Todas as escolhas que fazemos geram consequências e nos levam a algum lugar afinal de contas. E tudo encaminhou exatamente dessa forma. Amy e Matthew apesar de fictícios são palpáveis com seus erros, anseios e as consequências dos atos que praticam. 

Quem aí já leu? O que acharam?

Beijos!

Mas concluí que é possível amar alguém por razões inteiramente altruístas, por todas as suas falhas e fraquezas, e ainda assim não ter esse amor correspondido. É triste, talvez, mas não trágico, a menos que você fique buscando seus afetos esquivos para sempre.
 

16 comentários

  1. Já li alguns comentários sobre esse livro, e todos me instigam a lê-lo. Gosto de livros com temas fortes, que discutam dramas pessoais e temas polêmicos, e que nos façam refletir no final, e, pela sua resenha, Karini, Amy e Matthew parece ser um bom exemplo disso.

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  2. Oi Karini,

    Ainda não li este livro e apesar de já ter visto a capa e o título em alguns sites, nunca me interessei em ler a sinopse ou alguma resenha a respeito dele. Sua resenha e a sinopse no inicio do texto me fizeram ver que este livro pode ser interessante, tem uma história aparentemente bela, mas quando você disse que não gostou do final (mas entendeu) fiquei com receio de me decepcionar (rsr), ainda assim e um livro a ser considerado para leitura no futuro.

    :)

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  3. Comprei esse livro faz algumas semanas, mas não tive tempo de ler, era um dos que eu mais estava ansiosa para ler, e tenho medo de me decepcionar por que criei muita expectativa com o livro, mas como a resenha foi positiva, espero que o livro seja ótimo.

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  4. Eu acho essa capa super fofa!!! Assim como você, também não gosto muito de livros narrados na 3ª pessoa pq sinto como se não conseguisse me ligar tanto na personagem. A história parece meio triste, mas como você disse que ações levam à consequências, deve ficar uma reflexão sobre o assunto tratado e, no final das contas, valer a leitura. Talvez mais pra frente eu leia. No momento, eu tenho outras prioridades rs

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  5. Olá, Karini.
    Eu prefiro livros em terceira pessoa, pois temos uma visão mais abrangente do todo, então esse fator da narração já me chamou a atenção.
    Quanto a premissa, o livro não me pareceu tão original. Mas eu daria uma chance, até porque quero conhecer a escrita da autora.

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  6. Oi, Karini
    Eu também prefiro livros narrados em primeira pessoa, principalmente quando abordam assuntos mais complexos, como é o caso.
    Não sabia que a Amy tinha essa deficiência, apesar de já ter lido algumas resenhas. Ela é tipo um "Stephen Hawking de saias"? Enfim, parece uma história bem bonita, com mensagens importantes e reflexivas. Realmente às vezes perdemos a chance de ser feliz por causa de bobeiras de nossa cabeça, por medo, por orgulho...
    Fiquei curiosa pra saber sobre o tal final. Pelo jeito não é lá muito feliz.

    Beijos!

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  7. já li varios elogios desse livro, que a historia e bonita e que vale a pena ler, no começo nao dei importancia mas depois de tanta insistencia resolvi dar uma chance, e vou dizer que nao estou nem um pouco arrependida

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  8. Infelizmente não é um livro que me atrai, embora muita gente fale super bem da narrativa. Não me parece nada muito inovador, sabe? Fico com a sensação de que já vi isso por aí.
    Beijos.

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  9. Oi, Karini! Esse livro parece ser bem reflexivo, né? Também prefiro narrativas em primeira pessoa, acabo me envolvendo mais com os personagens. Fiquei muito curiosa para conhecer Amy e Matthew e descobrir o final dessa história.

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  10. Olá Karini, tudo bem?
    Eu gosto muito desse enredo, já até sorteei esse livro no blog mas nunca comprei um pra mim, espero conseguir comprar logo pois já vi criticas positivas e negativas mas queria tirar minhas proprias conclusoes né!!
    Abraços
    www.estantedepapel.com

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  11. Parece ser um livro tocante e reflexivo, que nos faz questionar nossos atos e o modo como vemos determinadas coisas. Imagino como para Amy deve ser difícil possuir essa doença e para Matthew também, pois apesar de diferentes elas afetam muito a vida de quem sofre com elas.
    Eu sempre tive maior preferencia por narrativa em terceira pessoa, pois não nos limitados a visão de um único personagem, porém varia muito do modo como é desenvolvida.
    Ele me deixou curiosa, colocarei ele na lista.
    Abraços

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  12. Oi mana, também sou do tipo que prefiro livros em primeira pessoa, adoro me envolver com os personagens e sinto isso em primeira pessoa, quanto ao livro não tenho vontade de lê-lo então passo essa leitura para a próxima

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  13. A capa é linda e me lembrou muito Eleanor & Park.Gostei do enredo, mas não tanto assim, gostei mais da capa.

    Eu gosto de livros com narrativa em terceira pessoa, acho que são os favoritos e fiquei com vontade de conhecer este final que não agradou tanto assim.

    ^^

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  14. Ahhh, eu ja tive colegas de sala que nunca conversamos, no maximo um oi de longe, infelizmente acontece.
    Gostei da sinopse e pela resenha vi que tem um ar de tristeza mesmo, ambos os personagens são tristes, mas pelo menos podemos acompanhar a evolução de cada um, com suas conquistas, isso nos faz pensar com certeza.
    Também não sou fã de livros narrados em terceira pessoa, pra mim o melhor é o alternado entre os protagonistas, para gente poder ler os pensamentos deles, hehe.
    Linda a resenha e fiquei curiosa sobre o final, acho a capa fofa!

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  15. Oi Karini!
    Eu gostei bastante da sinopse desse livro e o enredo parece ser muito bonito, com bastante tema para reflexão. Também prefiro narrativas em primeira pessoa, é bem mais fácil se conectar com os personagens quando são eles que estão narrando.
    Bjs

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  16. Olá Karini,
    Achei bonitinho o livro, o enredo é fofo também... Não sei se eu leria. Não me chamou muito atenção... Fiquei com uma duvida: como a Amy tem uma paralisia cerebral e ela frequenta a escola normalmente? O.o
    Acho que é uma paralisia leve! Tomara! :)
    Um super abraço

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