Resenha #479 - Uma Proposta e nada mais - Mary Balogh - Editora Arqueiro

Título: Uma Proposta e Nada Mais
Série: Clube dos Sobreviventes #1
Autor(a): Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 271|Ano: 2018

*Livro recebido em parceria com a editora.

Sinopse: Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela.
Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa.
Hugo a princípio não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre.


Ah, que saudade de terminar um livro e vir escrever uma resenha!
E claro que minha volta tinha que ser com um romance de época e não um qualquer, um da Mary Balough!

Pra quem acompanha o blog há algum tempo, sabe que sou viciada em romances de época e que morri de amores pela outra série dessa autora, Os Bedwyns, que pra quem ainda não leu, leia! É maravilhoso!

Nessa nova série chamada Clube dos Sobreviventes, vamos conhecer um grupo de amigos, todos com cicatrizes e marcas - sejam visíveis ou não - das Guerras Napoleônicas. O primeiro a nos contar sua história é Hugo Emes, lord Trentha. Um cavalheiro que ganhou seu título por feitos na guerra, mas que de cavalheiro não tem nada. Hugo é grosseirão, fala o que pensa sem se importar se deveria abordar determinados assuntos na frente das damas e despreza a alta sociedade.
 Após a morte do pai, um rico comerciante, Hugo se vê responsável não só pelos negócios da família, mas também por sua meia-irmã mais nova e a madrasta.

Após salvar Lady Muir, a jovem viúva Gwendoline, em uma praia, Hugo logo nota que ela é tudo o que ele despreza: uma aristocrata da raiz do cabelo ao dedinho mindinho do pé, entretanto, ele sente uma atração pela jovem viúva que é recíproca.

O que eu gostei no livro foi justamente o fato de abordar personagens não convencionais para esse gênero. Temos um não aristocrata, que vira um após receber um título e uma aristocrata arrogante ao extremo, a ponto de nos deixar com raiva de ver que o único empecilho pra ela ao admitir que gosta de Hugo é ele não ser um aristocrata.

Mary Balogh nunca teve problemas em criar personagens meio ao estilo "Orgulho e Preconceito", vimos isso em Ligeiramente Perigosos, último volume da série Os Bedwyns. Nessa história não é diferente.

Hugo e Gwendoline possuem personalidades fortes, são extremamente arrogantes, cada um em seu próprio mundo e ao seu jeito e ambos possuem um coração enorme. Fiquei muito feliz em ver que Hugo não é descrito como um libertino invertebrado que já teve sua cota de mulheres na vida, ao contrário. Ao passo que vamos conhecendo Hugo, descobrimos, na verdade, que ele é um romântico incurável, gentil e muito leal aqueles que ele ama.

Gwendoline, embora tenha me irritado bastante com seu extremo preconceito a falta de sangue azul de Hugo, relevei ao me colocar no lugar na personagem naquela época. A criação dela e seus costumes foram desde que ela era menina, de que todos que não fizessem parte da aristocracia britânica eram considerados inferiores.

A óbvia atração sexual entre o casal pula das páginas e você xinga ambos o tempo todo por não darem o braço a torcer e ficarem logo juntos!

Mas devo dar destaque aos personagens secundários nessa trama. Como o nome da série diz, os outros livros falarão de todos 7 que sofreram com as Guerras Napoleônicas e devo confessar, que o tempo todo em que lia esse livro só conseguia pensar que o personagem que mais quero conhecer é Vicent Hunt, lorde Darleigh e Imogen Hayes, lady Barclay.

Esses dois personagens, apresentados já nas primeiras páginas dos livros, tiveram consequências graves da Guerra, e claro que minha curiosidade em ler o livro que falará de Imogen, está no fato dela ser a única mulher do grupo e do motivo dela estar no grupo.

Super recomendo todos os livros dessa autora, é um mais maravilhoso que o outro!





12 comentários

  1. oi! Menina, ainda nao pude ler esse novo livro da autora mas eu quero muito ler essa história principalmente porque gosto muito da escrita da autora. Eu acho que iria me irritar muito com a mocinha, mas a gente supera durante a leitura.
    Beijos!
    www.suddenlythings.com

    ResponderExcluir
  2. Oi, Roberta.

    A trama tem um toque especial, por nos apresentar personagens com suas próprias cicatrizes. E, talvez por ambos serem diferentes, torna a leitura mais centrada e prazerosa.

    ResponderExcluir
  3. Oi Roberta,
    Sempre vejo ótimas críticas sobre os livros de Mary Balogh, mas como não tenho costume de ler romances de época ainda não pude conferir sua escrita. O mais interessante de Uma proposta e nada mais e, talvez o maior diferencial, está no fato de que a relação entre os protagonista não irá surgir através de um arranjo ou acordo. Todo o envolvimento será de uma forma natural entre personagens maduros que já tiveram grandes acontecimentos na vida. Trazer a questão da guerra e suas consequências para quem sobreviveu a ela conferem uma certa seriedade a mais na história e, também, já fiquei curiosa para saber mais sobre as histórias dos outros integrantes do Clube dos Sobreviventes.

    ResponderExcluir
  4. Mary tem conseguido conquistar seu lugar no ranking de romances de época com maestria! A moça anda arrasando em seus lançamentos e esta série já tem dado o que falar.
    Ainda não puder ler a obra,mas por todas as resenhas que li até agora, o desejo de ler só aumenta.
    A autora conseguiu reunir personagens não tão comuns, mas que ao mesmo tempo, trazem um pouco de realidade e com isso, trazem também problemas reais!rs
    A capa é maravilhosa e assim que puder, quero muito conferir!
    Beijo

    ResponderExcluir
  5. Parece ser um livro realmente bom! Eu amo essa temática que está bem em alta na literatura, né? Amooo ainda mais quando o autor ou autora saber construir uma história assim sem forçar os momentos, deixando a leitura natural e nada cansativa! Já esta na minha listinha (depois que eu terminar os 5 que preciso terminar haha) para dar aquela relaxada na mente com um romance que parece ser muito bom, ameei <3

    https://deitadaemnuvens.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  6. Roberta, eu estou muito ansiosa para conhecer a escrita de Mary. Possuo a série completa, Os Bedwyns, e estou cheia de expectativa, principalmente por ser do gênero que amo!
    Voltando á sua resenha, eu amei saber sobre o livro. É muito bom ver que a autora trouxe para a obra personagens já maduros, que já passaram por situações complicadas na vida. Também amei ver que temos um casal sem papas na lingua, completamente impulsivos. O livro deve proporcionar uma leitura muito divertida e intrigante.
    Bjos!

    ResponderExcluir
  7. Quando eu li a premissa do livro, eu realmente achei que iria entrar em uma história bastante mórbida e cheio de personagens tristes, mas eu me esqueço que estamos falando de Mary Balogh, a mesma mulher que criou o carrancudo duque de Bewcastle e, ao contrário do que eu esperava, Balogh me convidou para um universo de personagens inteligentes e diálogos que me prenderam até a última página. Achei que sua escrita está ainda melhor do que na sua primeira série publicada aqui, Os Bedwyns. Maravilhoso demais!
    Beijos, Roberta!

    ResponderExcluir
  8. Oi!
    Li alguns livros da serie Os Bedwyns, mas tenho quer terminar de ler essa serie, gostei muito dessa casal, achei bem interessante a proposta da serie com personagens com cicatrizes e marcas, acho que a autora consegue trazer algo diferente, mesmo tendo algo de orgulho e preconceito, também fiquei curiosa para conhecer os outros personagens da serie e irei colocar essa livro na minha lista de leitura !!

    ResponderExcluir
  9. Olá, Roberta
    Gosto de romances de época, mas não leio tantos assim.
    Ainda não li esse livro mas estou curiosa para ler.
    Que bom que Hugo é um romântico incurável e diferente de outros mocinhos dos romances.
    Beijos

    ResponderExcluir
  10. Olá!
    Romance de época sempre será bem vindo a minha estante e minha lista de comprinhas. Adorei o livro, tem uma premissa ótima é um clichê super fofo..Já estou querendo ler!

    Meu blog:
    Tempos Literários

    ResponderExcluir
  11. Roberta!
    Bom ver que o livro foge da mesmice dos romances que estamos acostumadas a ler e traz um diferencial, tornando a leitura ainda mais agradável e fácil de o leitor se envolver com os protagonistas, suas dúvidas, receios, a descoberta do amor...deve ser lindo!
    Bom domingo e mês de julho!
    “Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. “ (Clarice Lispector)
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  12. Ainda não li esse livro mas estou cheia de expectativas em relação a ele porque sou apaixonada pelas obras da Mary balogh acho que o casal deve ser um dos melhores da autora

    ResponderExcluir

Comente, ficarei muito feliz em saber sua opinião!!!